quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Indicações de Filmes

Reine sobre mim.
Reign over me.

Protagonistas: Adam Sandler, Don Cheadle, Jada Pinkett Smith e Liv Tyler.
Diretor: Mike Binder.
Ano: 2007.

Este filme aborda os principais temas relacionados à saúde mental, levantando questões como a conduta de especialistas frente à vontade do paciente, a institucionalização e tutela excessiva. Além de destacar como o vínculo de amizade e confiança pode fortalecer uma pessoa com dificuldades emocionais.
Charlie Fineman (Sandler) é um viúvo do 11 de setembro, tragédia em que perdeu também suas três filhas; após o atentado o protagonista se isola em seu apartamento, se privando do contato de pessoas que o fazem lembrar sua família e passa a viver em busca de pequenos prazeres pra amenizar sua dor, mas mantém rituais que o distancia da elaboração dessa perda tão trágica.
Alan Johnson (Cheadle) é um dentista bem sucedido, pai de duas filhas e em crise com seu casamento, se sente sufocado com suas responsabilidades e deseja ter mais liberdade. Não consegue procurar ajuda e se encontra frente a uma situação constrangedora no ambiente de trabalho que o coloca em conflito com seus sócios.
O encontro casual entre os dois amigos de faculdade se transforma em uma amizade de muita generosidade e confiança, um encontra no outro algo que lhe falta: Fineman, um amigo que não lhe traz recordações de sua família e Johnson, a liberdade e possibilidade de ter novas experiências que não apenas seus programas familiares.
Um passa a aprender com o outro, reorganizando suas vidas. Tendo a amizade entre os protagonistas como temática principal, o filme é recheado por questões delicadas, como a dificuldade de Fineman aderir a um tratamento psicológico e a forma impositiva e desesperada de seus ex-sogros para que ele seja tratado, mesmo que para isso precise ficar internado em uma instituição psiquiátrica.
Por outro lado, as figuras de uma psiquiatra e de um juiz aparecem para fazer o público pensar sobre qual a melhor forma de lidar com uma crise e com a fragilidade emocional do paciente, dando voz à “loucura”.
Este é um filme profundo, de excelentes interpretações e linda trilha sonora, além de emocionante e engraçado. Sensibilidade é a palavra que melhor o define.


Esta nota foi feita por nossa parceira  Mariana Pelizer Albuquerque

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