quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Leituras e Releituras


 “A fragilidade do símbolo: aspectos sociais e subjetivos”
Marion Minerbo
A fragilidade do símbolo é um artigo sobre o sujeito moderno em que a autora Marion Minerbo disserta sobre a existência de uma nova forma de sofrer contemporânea que está relacionada à uma fratura simbólica em nossa civilização.
 Por meio do filme “Laranja Mecânica” de Kubrick a autora versará sobre a forma do fenômeno da violência na adolescência: o ataque a pessoas indefesas e como eles se divertem com isso.
 Recentemente (14/11/2010) assistimos o acontecimento na Avenida Paulista (SP) em que quatro adolescentes ao passarem por um grupo de jovens, um deles agride com uma lâmpada fluorescente um rapaz do outro grupo. O gesto a principio gratuito transforma-se em mais um fenômeno social que merece a nossa atenção.
A autora a partir dos fenômenos sociais ainda  nos fará refletir por um lado sobre a arte, que transformada em representação da coisa pela própria coisa, revela o humano que ocupa o lugar da madeira, do mármore e da tela. Ela também propõe pensar sobre as formas apresentadas nos reality shows em que as pessoas comuns representam as próprias pessoas comuns, substituindo a mediação simbólica que o cinema e o teatro possibilitam. Por fim evidencia uma cena em uma família, pela falta financeira substitui um relógio roubado por um bebe recém nascido, transformando-o em objeto de troca.
No artigo, Marion Minerbo evidenciará tanto o mérito da condição vantajosa, quanto desvantajosa dessas novas formas, no entanto também alertará para a possibilidade de revelar a fragilidade simbólica na condição de subjetividade produtora da realidade atual.


 Escólio: Cristianne Spirandeli Marques e Paula Gonçalves
Referência

Contemporânea - Psicanálise e Transdisciplinaridade, Porto Alegre, n.07, Jan/Fev/Mar 2009

Sobre a autora
Marion Minerbo é psicanalista, analista didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e Doutora em medicina pela UNIFESP.

2 comentários:

  1. É, o filme nos motra como o gosto ultrapassa o ato de um ser humano. Ele mostra pra gente também uma visão diferente de aprendizagem do ser humano, onde não existem mudanças, e muito menos interferência do social xD. E quanto à violência, que é um problema para todos, infelizmente, eu acho que por mais que tentarmos fazer nossa parte pra melhorar isto, não vai adiantar muita coisa se a maioria continuar pensando: 'nah, não vai mudar nada mesmo, então fico na minha'. Esse ato de violência virou um desrespeito grande demais com a sociedade. Não temos segurança pra quase nada mais. E, definitivamente, não é isto que queremos. (:

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  2. É interessante como toda a violência causada por eles volta ao personagem principal pelo método de tratamento proposto. Algo tão radical que tornou o mesmo incapaz de realizar qualquer outro tipo de violência, além de relacionar a música à todas as cenas mostradas pelos cientistas.

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