“A fragilidade do símbolo: aspectos sociais e subjetivos”
Marion Minerbo
A fragilidade do símbolo é um artigo sobre o sujeito moderno em que a autora Marion Minerbo disserta sobre a existência de uma nova forma de sofrer contemporânea que está relacionada à uma fratura simbólica em nossa civilização.
Por meio do filme “Laranja Mecânica” de Kubrick a autora versará sobre a forma do fenômeno da violência na adolescência: o ataque a pessoas indefesas e como eles se divertem com isso.
Recentemente (14/11/2010) assistimos o acontecimento na Avenida Paulista (SP) em que quatro adolescentes ao passarem por um grupo de jovens, um deles agride com uma lâmpada fluorescente um rapaz do outro grupo. O gesto a principio gratuito transforma-se em mais um fenômeno social que merece a nossa atenção.
A autora a partir dos fenômenos sociais ainda nos fará refletir por um lado sobre a arte, que transformada em representação da coisa pela própria coisa, revela o humano que ocupa o lugar da madeira, do mármore e da tela. Ela também propõe pensar sobre as formas apresentadas nos reality shows em que as pessoas comuns representam as próprias pessoas comuns, substituindo a mediação simbólica que o cinema e o teatro possibilitam. Por fim evidencia uma cena em uma família, pela falta financeira substitui um relógio roubado por um bebe recém nascido, transformando-o em objeto de troca.
No artigo, Marion Minerbo evidenciará tanto o mérito da condição vantajosa, quanto desvantajosa dessas novas formas, no entanto também alertará para a possibilidade de revelar a fragilidade simbólica na condição de subjetividade produtora da realidade atual.
Escólio: Cristianne Spirandeli Marques e Paula Gonçalves
Referência
Contemporânea - Psicanálise e Transdisciplinaridade, Porto Alegre, n.07, Jan/Fev/Mar 2009
Disponível em: www.contemporaneo.org.br/contemporanea.php
Sobre a autora
Marion Minerbo é psicanalista, analista didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e Doutora em medicina pela UNIFESP.