quinta-feira, 21 de julho de 2011

Parabéns

Nossos Parabéns Cristianne

“Um dia me disseram
Que as nuvens
Não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos
Às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração…”
(Somos quem podemos ser – Engenheiros do Havaii)
Assim somos afetados, somos atravessados pelo outro que, por sua forma de relação nos permite virmos a ser onde não o éramos... Assim fomos tocados por uma amiga e parceira, que pela experiência partilhada nos possibilitou inúmeros “intervalos na escuridão”, e um deles é esse espaço em Psicanálise.
Hoje dia 21 de julho, é entre nós o seu dia Cristianne Spirandeli, mais um ano de vida. Portanto desejamos que nesse novo dia, como um após o outro que se inicie o seja repleto de sonhos e realizações, de prosperidade nas relações para com todos aqueles que fazem parte de sua vida, e nesse sentido que possamos também por essa fértil relação produzirmos mais. E, já que relacionar-se é um perder-se para recuperar-se diferente, que possamos nesse caminho produzir sempre algo novo a quem nos acompanha, mesmo que não saibamos bem o que há de vir a ser o façamos sempre na possibilidade de novos “intervalos na escuridão”.
E hoje o blog Psicanálise e escrita vem te parabenizar pela linda história quem vem construindo no mundo das relações. E é com muito prazer que lhe dedicamos tudo de melhor e mais precioso.
Grande abraço da Psicanálise e Escrita.




segunda-feira, 11 de julho de 2011

Indicação de Leitura

A FORMAÇÃO PSÍQUICA FAMILIAR A PARTIR DE TRÊS SITUAÇÕES DISTINTAS VIVIDAS PELOS PAIS APÓS O NASCIMENTO DO BEBÊ

  Adangleiton Pereira Cândido, graduando em Psicologia pelo Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM, e Cristianne Spirandeli Marques, professora Mestre em Psicologia do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM)

 Este trabalho se originou a partir do contato do pesquisador com disciplinas de Psicanálise durante a graduação, e enquanto tio despertou-se um interesse sobre a relação mãe-bebê e suas repercussões no grupo familiar (pais, tios, sobrinhos). Diante da angústia do estudante de Psicologia no que concerne à busca por um entendimento sobre a psique humana e a possibilidade de apreensão dos fenômenos psíquicos, tal pesquisa objetivou investigar a formação subjetiva do grupo familiar diante de uma nova situação, neste sentido fez-se uso do método de observação conjunta da relação mãe-bebê Esther Bick para a compreensão da formação da subjetividade na relação dos pais com o bebê, na cidade de Patos de Minas/MG, nas seguintes situações: primeiro - o bebê nasceu com boa saúde física e foi para casa assim que nasceu; segundo - o bebê ficou internado na UTI neo-natal e depois foi para casa; terceiro - o bebê nasceu com Síndrome de Down e foi para casa assim que os pais receberam a notícia. As visitas ocorreram semanalmente durante dois meses, com a duração de 30 minutos. De posse dos relatos produzidos após as observações, buscou-se utilizar a leitura interpretativa pelo método psicanalítico de ruptura de campo sobre o conteúdo que passa a ter caráter de discurso, ou seja, de sentido produzido, em que a primeira postura a ser considerada para a leitura foi de uma passividade receptiva, considerando os dados a sua exata medida de acontecimentos no relato e num segundo momento, por meio de uma receptividade-ativa tomamos em consideração os pequenos sentidos deixados à mostra pelos cuidadores na relação com o bebê e as possíveis reações deste, próprias do campo de constituições identitárias, produzidas no grupo familiar.  O observador/narrador então procurou interpretar, ou seja, deteve-se no sentido produzido por tempo suficiente, buscando descobrir a formação psíquica determinante da relação familiar. O principal instrumento deste trabalho foi o método por ruptura de campo criado por Fábio Hermann que tem por característica descobrir as estruturas identitárias, ou seja, as produções subjetivas que sustentam os sentidos da relação familiar por meio dos discursos que vão surgindo de uma relação reciprocamente construída e investida pelo par observador/família. Foi possível descobrir que independente da forma de nascimento do bebê conduziu a uma passagem do cerco das coisas para uma condição de relação humanizada. Como interpretante dos casos utilizou-se o conto do Pinóquio, representando a às possibilidades de passagem do cerco das coisas à condição de ser desejante, evidenciando a formação subjetiva de cada grupo.

Contatos:
Adangleiton: adangleiton@yahoo.com.br
Cristianne: cristianne@unipam.edu.br
Blog: psicanaliseeescritablog@gmail.comil.com

 Esta nota foi produzida por nosso parceiro Adangleiton Pereira Cândido